Não sei se já escrevi sobre isso antes. Se já, vai de novo.
Falam que os Treinadores da antiga não precisavam fazer nada porque o DNA dos jogadores era o melhor do mundo.
Isso não é verdade.
Queria dar dois exemplos da Máquina de 1975.
Se não tivéssemos Treinador quem qualquer um ia escalar o Zé Roberto Padilha na ponta esquerda e deixar de fora um Mário Sérgio ou um Paulo César Caju?
Quem ia me escalar e deixar um Carlos Alberto Pintinho no banco?
Só Treinador brasileiro e bom.
A necessidade da equipe pedia aquilo naquele momento.
Essa sempre foi e sempre será a grande maestria dos Treinadores Brasileiros.
Criatividade, escolher a função de cada um dentro da equipe, saber quem é bom para o momento da equipe. Isso é Futebol Brasileiro. É Futebol para quem sabe jogar.
Assisti Alaves x Barcelona. Qual foi o treinador que falou para o Messi driblar agora ou depois? Quem fala para o Cristiano Ronaldo correr para direita, para esquerda ou subir mais de 2 metros de altura num cabeceio?
O Treinador tem que ser o facilitador para que as feras decidam o jogo na hora que assim perceberem a oportunidade. É momento. Ninguém sabe a hora. Ninguém tem a fórmula da vitória no futebol. Até ha pouco tempo era o Barcelona do Guardiola que tinha essa fórmula. Já tivemos o Mourinho e vários outros que vão ficando pelo caminho porque os jogadores vão envelhecendo e a fórmula não existe. Ainda temos o Rinus Mitchell autor da Laranja Mecânica e nunca mais produziu outra Laranja. Nem podre.
Futebol foi, é e vai ser sempre o jogador que dribla é que decidi. Se não for assim, joga a bola para o goleiro e diz que é segurança. Não, não é. É falta de competência em fazer coisa melhor.
Precisamos dar valor, é muito, aos nossos professores. Não vou falar e deixar de dar valor ao Pinheiro, ao Major Murilo de Carvalho, ao Alfredo Abraão, ao Célio de Souza, ao Neca, ao Carlinhos e Bria, Flávio Costa, Paulo Emílio, Parreira, Didi, Orlando Fantoni, Zagallo, Joubert, Minelli, Evaristo de Macedo e tantos outros. Quem quiser acrescentar fique a vontade.
NÃO VOU CALAR