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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

 Não sei se já escrevi sobre isso antes. Se já, vai de novo.

Falam que os Treinadores da antiga não precisavam fazer nada porque o DNA dos jogadores era o melhor do mundo.

Isso não é verdade.

Queria dar dois exemplos da Máquina de 1975.

Se não tivéssemos Treinador quem qualquer um ia escalar o Zé Roberto Padilha na ponta esquerda e deixar de fora um Mário Sérgio ou um Paulo César Caju?

Quem ia me escalar e deixar um Carlos Alberto Pintinho no banco?

Só Treinador brasileiro e bom.

A necessidade da equipe pedia aquilo naquele momento.

Essa sempre foi e sempre será a grande maestria dos Treinadores Brasileiros.

Criatividade, escolher a função de cada um dentro da equipe, saber quem é bom para o momento da equipe. Isso é Futebol Brasileiro. É Futebol para quem sabe jogar.

Assisti Alaves x Barcelona. Qual foi o treinador que falou para o Messi driblar agora ou depois? Quem fala para o Cristiano Ronaldo correr para direita, para esquerda ou subir mais de 2 metros de altura num cabeceio?

O Treinador tem que ser o facilitador para que as feras decidam o jogo na hora que assim perceberem a oportunidade. É momento. Ninguém sabe a hora. Ninguém tem a fórmula da vitória no futebol. Até ha pouco tempo era o Barcelona do Guardiola que tinha essa fórmula. Já tivemos o Mourinho e vários outros que vão ficando pelo caminho porque os jogadores vão envelhecendo e a fórmula não existe. Ainda temos o Rinus Mitchell autor da Laranja Mecânica e nunca mais produziu outra Laranja. Nem podre.

Futebol foi, é e vai ser sempre o jogador que dribla é que decidi. Se não for assim, joga a bola para o goleiro e diz que é segurança. Não, não é. É falta de competência em fazer coisa melhor.

Precisamos dar valor, é muito, aos nossos professores. Não vou falar e deixar de dar valor ao Pinheiro, ao Major Murilo de Carvalho, ao Alfredo Abraão, ao Célio de Souza, ao Neca, ao Carlinhos e Bria, Flávio Costa, Paulo Emílio, Parreira, Didi, Orlando Fantoni, Zagallo, Joubert, Minelli, Evaristo de Macedo e tantos outros. Quem quiser acrescentar fique a vontade.

NÃO VOU CALAR

 Parece que a gente se esquece de algumas lições que não só a vida nos apresenta, mas também o mundo do futebol.

Em 1975 o Fluminense montou a Máquina Original. Depois de um campeonato Carioca ganho com os pés nas costas, o Presidente Horta declarou que Campeonato Carioca sem que o Flamengo, o Vasco e o Botafogo estivessem fortes para competir seria o fim do Carioca.

Imediatamente, por várias razões, instituiu o Troca-Troca.

Fortaleceu todos clubes cariocas e, ainda assim, foi bi campeão carioca.

Foi o maior campeonato Carioca de todos os tempos, financeiramente falando.

Hoje fico triste ver as pessoas torcerem para o rebaixamento dos outros clubes cariocas porque o Flamengo está bem.

Não pode ser assim.

A gozação é a melhor parte do futebol. Sem gozação o futebol vira jogo de totó. Sou tricolor, mas o meu amor maior é pelo futebol brasileiro. Choro quando a seleção perde e passo mal.

Quando o Fluminense ganha saio gozando os amigos, é claro. 

Mas quando vejo a situação dos outros cariocas me preocupo. Se o Vasco, o Flamengo e o Botafogo acabarem como força, eu vou gozar quem?

Se o Fluminense estiver na pior quem vai gozar de um moribundo?

Portanto amigosgostaria de ver aqui nesse grupo, pessoas que se preocupem com o futebol brasileiro de uma maneira geral. Vamos gozar os perdedores no intuito de gozação mesmo, mas sem a intensão de desmoralizar os tradicionais clubes do Futebol Brasileiro.

Desculpe o desabafo.

Se não tiver nada a ver do que eu falei, me goze, mas não acabem comigo. Joguei pelo Bonsucesso, pelo Flamengo, pelo Fluminense, pelo Vasco e pela Portuguesa de Desportos com muito AMOR. Tenho um carinho Especial por todos.